Sim, a sinusite tem duas faces e quem tem costuma se queixar um bocado. A aguda costuma aparecer depois de uma gripe ou de um resfriado mal curado e deixa o nariz entupido, com uma secreção amarela ou esverdeada, às vezes até com sangue misturado. “A pessoa ainda pode ter dor no rosto, na cabeça ou no corpo, febre, tosse, pigarro e mal-estar por uma ou duas semanas”, lista o otorrinolaringologista Jamal Azzam, cirurgião otorrinolaringologista (São Paulo).
Já a sinusite crônica, que geralmente é causada por uma dificuldade anatômica de eliminar as secreções, devido a um estreitamento das vias de drenagem do nariz provocado por inchaço ou desvio de septo, por exemplo, pode se arrastar por anos! “Nesse período o nariz fica com secreção constante amarela ou esverdeada, com cheiro e gosto ruim. O paciente também reclama de dor de cabeça persistente, se sente incomodado o tempo todo com uma dor de intensidade leve a moderada, e seu olfato diminui”, completa o médico.
Ajuda é essencial
O risco de a sinusite se tornar crônica é maior em quem fez transplantes, quem tem diabetes descompensado e insuficiência renal, ou alterações na anatomia do nariz, como desvio de septo e hipertrofia de adenoide, a famosa carne esponjosa. Esse último também pode ser condição para a sinusite ficar aguda, assim como ter rinite alérgica e não se cuidar direito após uma gripe ou um resfriado.
Para manter distância da sinusite aguda é essencial seguir as orientações básicas de todos os quadros agudos respiratórios: não subestimar a gripe e o resfriado, procurar um especialista caso eles durem mais de cinco dias ou você tiver febre alta ou persistente, além de comer bem, descansar, se proteger da friagem e evitar o ar condicionado.
Quanto à crônica, o médico também deve ser consultado para ver a necessidade de corrigir as alterações anatômicas do nariz e controlar o diabetes e demais mudanças crônicas.