As estações climáticas não são bem definidas no Brasil, porém, cada período pode apresentar doenças características da época. Na primavera não é diferente. Com início no dia 23 de setembro, a estação – que nos acompanhará até dia 21 de dezembro – é marcada por quadros de doenças respiratórias e alérgicas.
O motivo é simples: a primavera faz parte de uma transição climática entre o fim da estação mais fria do ano, o inverno, e a chegada da mais quente, o verão. O clima fica instável, com mudanças de temperaturas bruscas em um único dia. A umidade baixa do ar contribui para as complicações nas vias respiratórias.
“Além desses fatores, a poluição e o pólen das flores se juntam e tomam conta do ar, causando a inflamação das vias respiratórias e contribuindo para as reações alérgicas que já conhecemos, como rinite e sinusite, geralmente acompanhadas de coriza, coceira no nariz e nos olhos, espirros, tosse alérgica e nariz entupido”, afirma o otorrinolaringologista Dr. Jamal Azzam.
Ainda segundo o especialista, “os mais afetados pelas mudanças climáticas da primavera são as crianças, por terem as vias respiratórias ainda em desenvolvimento, e os idosos, por serem mais vulneráveis a infecções virais e alérgicas”. Porém, a população que está ao redor de centros urbanos também é afetada.
Como prevenir as doenças respiratórias no dia a dia?
É comum conhecer alguém que sofre de alergias e doenças respiratórias, mas há como prevenir ou amenizar esses quadros. O especialista indica atenção redobrada com lugares fechados. “Espaços fechados não circulam ar e, consequentemente, acumulam bactérias, mofos e fungos. Nesse caso, a irritação nas vias nasais fica muito mais fácil”, afirma o Dr. Jamal Azzam.
O melhor amigo de um paciente com doenças respiratórias como rinite, sinusite e alergias é o soro fisiológico. Com sua composição de água e sal, ele pode ser usado todos os dias para umidificar o nariz e aliviar os sintomas das alergias, não causando dependência. Os descongestionantes nasais que contém vasoconstrictores não são aconselhados e devem ser descartados, pois podem causar taquicardia, elevação da pressão arterial e dependência.
Independentemente de todos os cuidados diários que devemos ter para evitar as crises das “ites”, é essencial que exames sejam realizados com um especialista para identificar o melhor tratamento ao indivíduo que apresenta algum problema respiratório.