Nesta edição da série “Cuidados e curiosidades sobre a audição”, o médico otorrinolaringologista Jamal Azzam, autor do livro “Ouvidos, nariz e garganta – cuidados e curiosidades”, fala sobre o que fazer com a otite, doença muito comum de acontecer nas épocas de calor devido o uso frequente de piscina e/ou praia e por tempo prolongado. Segundo ele, o umedecimento constante da pele do canal auditivo leva a uma dissolução da queratina que protege a pele, tornando a região predisposta às fissuras e ferimentos com a entrada de bactérias ou então a colonização de fungos.
“Os sintomas mais comuns são a dor de ouvido intensa, que ocorre só de tocar na orelha. Também pode ocorrer a diminuição da audição, com sensação de ouvido tampado. Pode ocorrer vazamento de secreção ou pus e até sangramento. Muitas vezes a dor de ouvido é tão intensa que a pessoa fica com dificuldade inclusive de abrir a boca. A febre pode aparecer e pode ocorrer mal estar no corpo também”, explica o especialista.
“O ideal é que o paciente passe em consulta com um otorrinolaringologista antes do período de exposição à água. Desta forma, o médico irá remover o excesso de cera, se presente, e orientar sobre a maneira correta para secagem para dos ouvidos, através de manobras ou de medicamentos. Em caso de dor, não se deve nunca pingar nada dentro dos ouvidos, nem introduzir nenhum objeto tentando tirar a cera. Também deve-se evitar fazer movimentos bruscos e intensos na orelha, pois podem ocorrer ferimentos. “, ele afirma.
Em caso de dor persistente, o que se deve fazer é buscar por uma consulta médica, sendo o melhor um otorrinolaringologista.