Quem olhou para o céu nas primeiras horas dos últimos dias deve ter reparado a faixa de poluição que se formou em cima da nossa cidade. Isso é reflexo do tempo seco. Não chove na capital paulista há 13 dias.
Quem sofre com tudo isso somos nós, que respiramos este ar. O tempo seco, além de incomodo, potencializa problemas de saúde, como rinite, asma, bronquite, além de outros mais sérios, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, os AVCs.
Dados da Secretaria Municipal da Saúde indicam que, quando o ar está seco, o movimento da ala de inalação cresce de 30 a 50%. Já os casos de infarto e AVC acontecem porque o sangue fica mais denso e entope mais as veias, explica a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A repórter Carolina Mattos conversou com Jamal Azzam, otorrinolaringologista. Ele destaca que as crianças e os idosos são os mais afetados pelo ar seco. “As crianças não têm o reflexo de pedir água frequentemente, assim como os idosos, que têm diminuição da sede”, diz.
Além da ingestão de líquidos, o médico destaca que há medidas que podem ajudar o meio ambiente. “Exagerem no uso de nebulizadores para manter o ambiente úmido ou usem bacias de água e toalhas úmidas”, aconselha.
Quem tem doenças respiratórias deve redobrar os cuidados. “O sistema respiratório precisa que toda a secreção que reveste a árvore respiratória seja fluido. Se ele fica grosso, não é eliminado e as bactérias e vírus se multiplicam, causando as infecções”, frisa.
Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acumulo de poeira. Dê preferência a alimentos frescos. Além disso, evite banhos muito quentes e use cremes hidratantes para a pele. Em caso de irritação nos olhos, use soro fisiológico.