A graduação técnica de perda auditiva é feita pela audiometria. Se o exame constatar perdas auditivas até 40 decibéis em quaisquer frequências elas serão classificadas como perdas leves. Contudo, o otorrinolaringologista Jamal Azzam, autor do livro “Ouvidos, nariz e garganta – cuidados e curiosidades”, explica que esta definição audiológica é técnica e não leva em consideração a rotina de vida do paciente.
“Será que uma pessoa de 90 anos que mora sozinha e cujo exame de audiometria demostra uma perda leve, mas que não consegue ouvir nem o telefone, nem a campainha tocar, tem mesmo um quadro leve? E se a pessoa não consegue entender direito o que lhes falam ao telefone, isto é mesmo uma perda leve?”, ele questiona. “Assim, a verdadeira graduação da intensidade da perda deve ser feita através de uma inter-relação entre a audiometria e o contexto em que a pessoa vive, de modo que se possa oferecer um tratamento mais adequado à pessoa.”
Por isso, se ouvir passou a exigir qualquer tipo de esforço, procure por um especialista. A perda auditiva é progressiva e irreversível. O quanto antes o tratamento for iniciado, melhor para o paciente!