1) No verão existe uma incidência extremamente aumentada de otites externas causadas por exposição prolongada e repetida à água de piscina e/ou praia. A pele do canal do ouvido é muito fina e sensível e a umidade constante leva a microfissuras com consequente infecção. As dores são intensas e persistentes, muitas vezes até ocasionando secreções de pus. Pode também causar febre e perda parcial de audição;
2) O uso de tampões para natação são contraindicados. Ao contrário do que muitos pensam os protetores não impedem a entrada de água nos ouvidos, uma vez que existe pressão para a água entrar, especialmente em mergulhos. Mas, não existe nenhuma pressão para a água sair, ocorrendo então uma tendência para ficar muito tempo represada dentro do ouvido, predispondo a infecções;
3) Muito cuidado ao “quebrar” as ondas do mar com o corpo virado de lado. Essa prática deve ser evitada, uma vez que a intensa pressão da água causada pelo choque da onda pode levar até a uma perfuração da membrana do tímpano;
4) Caso a água tenha entrado no ouvido e haja dificuldades para sair, então podem ser adotadas as manobras tradicionais como movimentar levemente a orelha ou até deitar de lado. Mas nunca utilizar álcool, azeite ou qualquer líquido dentro dos ouvidos sem ter uma ordem médica: isto pode levar a lesões graves. Caso a situação persista, consulte um médico, pois algo mais alarmante pode estar acontecendo, como uma otite em desenvolvimento;
5) Cuidado ao mergulhar, pois se sentir que o ouvido não compensou a pressão, deve – se voltar a superfície. Um simples mergulho em uma piscina comum, com 1,80m de profundidade, já pode causar um trauma na membrana do tímpano pela pressão da água. Caso sinta dor ou sensação persistente de ouvido tampado, não mergulhe mais. E se a sensação persistir ao longo do dia, um médico deverá ser consultado.